Pré-Socráticos - Zenão de Eléia – o ser é uno e imóvel
Foi considerado por Aristóteles o inventor da dialética, no sentido de diálogo que parte das premissas do adversário e o põe em contradição, numa posição insustentável. Defendeu as teorias do ser de seu mestre, Parmênides, contra os seus adversários, notoriamente os pitagóricos, que pregavam o ser múltiplo e divisível. O infinito não pode ser percorrido num tempo finito, só em um tempo infinito. Seus argumentos ficaram conhecidos como paradoxos de Zenão.
"Se Deus é o mais poderoso de tudo, então Ihe é próprio que seja um; pois, na medida em que dele houvesse dois ou ainda mais, ele não teria poder sobre eles; mas enquanto Ihe faltasse o poder sobre os outros não seria Deus. Se, portanto, houvesse mais deuses, eles seriam mais poderosos e mais fracos um em face do outro; não seriam, por conseguinte, deuses; pois faz parte da natureza de Deus não ter acima de si nada mais poderoso; pois o igual não é nem pior nem melhor que o igual - ou não se distingue dele. Se, portanto, Deus é e se ele é de tal natureza, então só há um Deus; não seria capaz de tudo o que quisesse, se houvesse mais deuses".
Paradoxo de Aquiles: o mais lento na corrida jamais será alcançado pelo mais rápido, pois o que persegue deve sempre começar a atingir o ponto de onde partiu o que foge. Outro argumento pretende afirmar que uma flecha está em repouso ao ser projetada. É a conseqüência da suposição de que o tempo seja composto de instantes.
Ele demonstra que quando há o múltiplo, há o grande e o pequeno. Quando grande, o múltiplo é infinito, segundo a grandeza.
Para Hegel, a dialética de Zenão possui mais objetividade que a atual. Ele ainda se conteve com os limites da metafísica.
Segundo muitas lendas, tornou-se célebre em sua morte, quando salvou um Estado de seu tirano, sacrificando sua vida, pois foi torturado e não delatou seus companheiros de conjura. Por isso foi assassinado.
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